MEMORIAL: LEITURA E ESCRITA, PUC Minas, Letras, 2018.



“Não vale a pena viver sonhando, e se esquecer de viver”, Albus Dumbledore, A Pedra Filosofal

Poucas coisas são tão importantes em nossas vidas quanto a leitura e a escrita e, de antemão, já adianto que elas são, em minha vida, talvez as coisas mais importantes e valorosas que eu possuo. Gostaria muito de poder dizer que nasci numa família de leitores e que eles sempre me incentivaram na leitura, mas seria uma mentira. Não que eu não tenha tido estímulo algum; eles existiam, eram apenas escassos. Lembro, de certa forma, que uma de minhas tias tinha um namorado, Lúcio o seu nome, que trabalhava na Editora Fapi. Ainda que minha memória não seja muito boa, tem certas coisas que eu consigo me lembrar, mesmo que com alguns flashs ou borrões, mas consigo.
Lúcio me deu o melhor dos presentes, livros e mais livros, que guardo até hoje como recordação e, mesmo que eu não “precise” deles mais, me recuso a me desfazer, pois mostram e me lembram de como comecei algo que, hoje em dia, e desde sempre, foi tão importante e pertinente na minha vida. Eles eram muito simples, a sua grande maioria de coleções para crianças que estavam aprendendo as letras do alfabeto e os numerais.
Tenho quase certeza de que ele me deu esse presente quando eu devia ter por volta de um ano ou dois, pois com três eu já sabia ler e escrever, e sei que antes disso, pedia para que minha mãe ou minha avó lessem para mim os tais livros que havia ganhado, com um detalhe particularmente peculiar: pedia para que lessem o mesmo livro diversas vezes seguidas, ou toda a sequência, logo pedia para que lessem outra vez, enquanto eu acompanhava as figuras. Acho que sempre fui assim, consumir excessivamente algo que eu tenha gostado muito, vejo agora que isso vem desde que eu era uma criança realmente bem pequena e o quanto minha mãe deve ter sofrido com meus lapsos de amor por determinadas coisas!
Não posso julgar, no entanto, a minha falta de estímulo para a leitura por conta da minha família, quando vim de pessoas tão simples e baralhadoras que, creio eu, a última coisa na qual pensavam era na literatura. Estavam muito ocupados fabricando seus artesanatos para tentar manter a casa da melhor forma possível. Sou a primeira pessoa de toda a família a entrar numa universidade, ao menos pela parte da minha mãe, que é a com quem eu cresci; meus pais sequer se formaram no ensino médio, abandonaram a escola e meus tios não fizeram muito diferente disso também, meus primos mais próximos foram para algum caminho de perdição, melhor evitar os detalhes, e, por conta de tudo isso, não houve qualquer pessoa que para mim fosse algum tipo de exemplo a ser seguido.
No entanto, eu felizmente nunca precisei desse exemplo... Como pode ser visto, eu tinha uma paixão, um amor real pelos meus pequenos e simples livrinhos de alfabeto e numerais, que evoluíram para pequenos contos como Branca de Neve, Rapunzel, Chapeuzinho Vermelho ou até mesmo A Princesa e a Ervilha, que é um dos contos talvez menos falados na história, porque nunca conheci alguém que soubesse da existência dessa maravilha! Posterior aos contos, comecei a ler pequenos livros mais famosos, tais como Pollyana e O Pequeno Príncipe, que ganhei de uma tia, afim de me incentivar; este segundo que, se deixar, eu posso recitar de cor o famosíssimo Capítulo XXI, de tanto que o li; mais uma vez vemos aqui o meu fanatismo por coisas que acabo me apaixonando. Às vezes acabo por refletir que isso pode ser uma doença... Mas eu gosto!

“É preciso muita coragem para enfrentar os inimigos, e ainda mais coragem para enfrentar os amigos”, Albus Dumbledore, A Pedra Filosofal.


Gostava de ler nas aulas, lembro que com meus seis anos eu vivia me oferecendo para a professora, me achando um máximo porque conseguia ler sem dificuldades enquanto que a maioria dos meus colegas ainda agarrava bastante em alguma sílaba e outra. Gostaria de ter toda essa coragem hoje em dia, acho que a perdi ao longo dos anos, tanto que quase não consigo falar um “A” durante as aulas.
Percebo agora que estou aqui, falando e falando mais sobre a minha leitura, e deixando a minha preciosa escrita de lado, talvez por vergonha, mas prefiro não pensar sobre, acho que agrava ainda mais! Pois bem... Tal como foi com a leitura, comecei a escrever exatamente quando aprendi a fazê-lo. Lá estava eu, uma criança de três anos, sentada rente à uma antiga escrivaninha que tinha e tentando elaborar, da melhor forma e mais seriamente possível, o que para mim, naquela época, era algo grandioso e de uma tecnologia ultra avançada! Criava em minha cabeça e transcrevia para pequenos papeis quadriculados que havia cortado, a história do Sr. Urso que estava faminto e que, em suas andanças pela floresta, encontrou o Sr. Coelho, um coelhinho branco muito gentil, e o levou para comer mel, cenouras e alface, e assim matar a sua fome! Conseguir terminar minha primeira história me deu um orgulho imenso. Era minha, eu quem tinha criado. Eu senti, naquele momento, que nunca mais queria parar. Queria ter, sempre, aquela sensação incrível de ter terminado uma história que fui eu quem fiz.
Os quadradinhos em que fiz a história eram ilustrados, e eu tentei – juro que tentei mesmo – fazer como se fosse stopmotion, claramente não deu certo, mas lembro que foi uma experiência maravilhosa escrever a minha primeira história. Acho que esse foi o ponto inicial para que eu tentasse ir melhorando tudo cada vez mais. Escrevia sobre coisas que gostava, sobre personagens já existentes, futuramente descobrindo que existe um termo para isso, as famosas fanfictions, e me maravilhei por completo com aquele mundo inteiramente novo de possibilidades de encontrar coisas que eu queria; devo ressaltar, inclusive, que comecei a minha “vida vitual/tecnológica” muito cedo, com meus seis anos eu já amava ficar pelo computador, lendo e escrevendo, vendo desenho ou jogando qualquer coisa que me chamasse atenção. Não que isso tenha mudado atualmente. Começo a reparar que sou exatamente a mesma pessoa de muitos anos atrás, talvez ainda seja criança, ou fui uma criança adulta, ou até mesmo um pouco dessas duas opções... Ou, simplesmente, isso é quem eu sou e nunca irá mudar.

“Embora falemos línguas diferentes e venhamos de lugares diferentes, nossos corações batem como um só”, Albus Dumbledore, O Cálice de Fogo.


Com oito anos, comecei a usar o Orkut, e nele vi possibilidades infinitas de criar personagens, e desses personagens, as suas histórias, e ainda mais! Percebi que podia ser eles, podia falar como eles e agir como eles por meio de ações escritas, a qual futuramente conheci como RPG e/ou roleplay. Eu podia viver eles, como diversas outras pessoas viviam seus personagens, e cada um deles interagia com o outro. A partir daí, deslanchou. Eu nunca mais, nem por um dia, deixei de escrever qualquer coisa, nem que fosse apenas as ações dos meus amados personagens que encarnei ao longo desses treze anos desde que entrei nesse mundo.

“Tempos difíceis nos aguardam. E em breve teremos de escolher entre o que é certo e o que é fácil”, Albus Dumbledore, O Cálice de Fogo.


Dos doze aos treze anos li a saga que ficaria marcada para sempre na minha vida como sendo meus livros preferidos. São livros que eu gostaria de ter podido ler ainda mais cedo, por tantos motivos que talvez eu não consiga citar todos aqui. Harry Potter mudou uma geração, e não estou exagerando quando falo sobre isso. Se tornou uma febre desde que lançou e o aumento do interesse pela leitura vindo dos jovem deslanchou junto com sua fama. Não apenas isso, quem leu Harry Potter não parou nesses livros, buscaram por mais, e, de repente, As Crônicas de Nárnia, O Ciclo A Herança (Eragon) e a trilogia Fronteiras do Universo (famosa apenas pelo título “A Bússola de Ouro”) pareceram renascer das cinzas, e até mesmo O Senhor dos Anéis, o qual nunca fora abandonado, começou a adquirir uma nova safra de fãs ávidos por mais aventuras, fantasias e mistérios, que não conseguiam esperar o próximo livro de Harry Potter ser lançado ou não se contentavam pelo fim da saga.
Uma grande parte dos jovens leitores de atualmente se dá justamente por essa saga, e sei que essa “magia” irá decorrer ainda por muitos anos. Passaram-se vinte desde o lançamento do primeiro livro da série e tudo ainda é magnífico e vivo nos corações de quem é fã. Mas de uma forma ou de outra, acho que as coisas acontecem como tem de ser, e eu os li um pouco mais tarde. Aqueles sete livros formaram muito de quem eu sou hoje, me passaram valores e ensinamentos que não sei se conseguiria adquirir em outras obras; talvez sim, mas não da mesma forma.
JK.Rowling passa tantas lições ao longo de cada uma das páginas que escreveu que ficaria difícil listar todas, as algumas, bem mais explícitas, ela costumava dizer pelo queridíssimo diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts: Prof. Albus Dumbledore. Frases como “Não são nossas habilidades que revelam quem realmente somos, são as nossas escolhas”, “Pode-se encontrar a felicidade mesmo nas horas ais sombrias, se a pessoa se lembrar de ascender a luz”, “É claro que está acontecendo em sua mente, mas por que significaria que não é real?”, ficaram marcadas para sempre, e são apenas poucos exemplos da infinidade que se tem ao longo de todos os livros.
Harry Potter ainda deixa lições de vida para todos que lêem, independente de suas idades. Nunca é tarde demais para mudar e para fazer as escolhas certas na vida. Mostra que a magia mais poderosa é o amor, a maior arma e maior defesa, e que famílias se constroem das mais diversas maneiras possível. Nos faz valorizar nossas amizades e mantê-las, e explicita que não precisamos ser ninguém mais e ninguém menos que nós mesmos, e quem é bom se juntará a nós como somos. Devemos lutar por quem não pode lutar sozinho, respeitar as diferenças e peculiaridades de cada um e jamais julgar alguém por sua aparência, nós não sabemos pelo que essa pessoa já passou em sua vida. Encare os seus medos de frente e enfrente o mundo com coragem. Persista, nunca desista.
Nunca é um exagero quando se diz que Harry Potter formou o caráter de pessoas e/ou os ajudou a mudar para melhor. Ele transforma vidas e cria sonhos. Hogwarts estará sempre ali para todos a que à ela recorrerem.
 Sobretudo, Harry Potter salvou a minha vida, e continua a fazer isso a cada novo dia que nasce. Hoje uso como tratamento psicológico, como terapia, uma vez que os anos de tratamento com psicólogos e psiquiatras, junto com diversos medicamentos, apenas me fizeram piorar ainda mais. Carrego agora para todos os cantos um livrinho muito inspirador, com o título de Vidas Muito Boas, no qual está transcrito em íntegra todo o discurso que a JK fez como paraninfa para os formandos de Harvard, em 2008; discurso este que, sim, também me salvou num dos momentos transtornados que tive e, desde então, se tornou o meu remédio e para onde eu sempre fujo quando sinto que estou à beira de surtar novamente, podendo vir a tentar, mais uma vez, tirar minha própria vida. Eu sou grato à JK.Rowling todos os dias, por conseguir me fazer manter vivo, mesmo de longe ou sequer sabendo que eu existo.
Em março de 2010, com treze anos, ainda li Eragon, que me rendeu uma amizade que levarei para a vida toda e que tenho muito orgulho de dizer que é o meu melhor amigo, companheiro em vida real e em diversas outras aventuras escritas por mim, Pedro.

“Se você quer saber como um homem é, preste atenção em como ele trata quem é inferior à ele, não seus iguais”, Sirius Black, O Cálice de Fogo.

Aos quatorze anos aconteceu algo que marcou a minha vida para sempre, comecei a escrever a minha “obra-prima”, a qual fora antecedida por algo que talvez tenha marcado tanto quanto começar a escrevê-la, propriamente dito. Começou com o que era para ser apenas uma história de um dos meus personagens de roleplay e a história foi evoluindo mais e mais, até que estivesse grande o suficiente e tão repleta de outros tantos personagens que eu não podia simplesmente ignorar tudo aquilo para me focar apenas em um só. O que era para ter no máximo duas ou três páginas cresceu para cento e cinquenta e me encheu de orgulho. No entanto, ele ficou engavetado por alguns anos à medida que eu me dedicava às outras incontáveis histórias que comecei a criar.
No entanto, nos anos seguintes a 2013, tudo começou a desandar, e foram tempos difíceis para mim. Adoeci de forma intensa. Não uma doença comum que vamos ao médico e ela passa dali alguns dias... A depressão não é assim, infelizmente. Com ela eu parei de escrever, não conseguia. Sentia a vontade, mas não tinha a força... Ela também me impossibilitou de ler, fazendo perder o hábito tão intenso que tinha, o qual até hoje não consegui recuperar totalmente. Por conta dela, em 2014 larguei a escola, minha vida nos palcos como cantor (a qual eu ainda pretendo retomar um dia) e um emprego promissor no Banco do Brasil. A vida parou e eu decaí mais e mais, chegando a tentar, muito mais que uma vez, cometer suicídio, de várias maneiras diferentes. A depressão não passou, não sarou ou curou, sequer diminuiu.
Depressão não é algo com o que se pode brincar ou deixar para trás, fingindo que não existe. Não é frescura, muito menos “falta de deus” ou qualquer coisa que as pessoas mais desinformadas usam para argumentar e justificar sobre a existência (ou inexistência) de tal. A depressão não é uma doença vinculada apenas a pessoas “infelizes e/ou desafortunadas”, ela ataca todo e qualquer um, rico ou pobre, branco, negro ou pardo, jovens, adultos ou idosos. Não é algo que é desencadeado por um motivo ou razão específica, nem algo que é fácil de se lidar.
O suicídio ainda a segunda maior causa de morte entre jovens, não só no Brasil como no mundo e, ainda que isso não tenha uma maior divulgação midiática por meio da TV, é algo que podemos encontrar com facilidade pela internet.
A depressão (e outras doenças psicológicas) tem sido retratada por diversos meios, alguns de forma mais sutis e corretas que outras. Alguns exemplos claros é o videogame “Life is Strange”, que, de forma implícita, pode nos dar a entender que a protagonista, Maxine Caulfield, tem ansiedade e, talvez do meio para o final do jogo, adquira um começo de depressão. Temos também uma clara, porém implícita, representação de borderline durante o jogo com a personagem Chloe Price e, de forma completamente explícita, Kate Marsh é uma personagem depressiva.
Ao longo do jogo, podemos acompanhar a “evolução” da doença de Kate, ao ponto de que, em determinado momento, precisamos de fato conseguir impedir que ela venha a cometer suicídio, e obtemos sucesso nisso dependendo de escolha que fazemos ao longo de todo o percurso. Se demonstrar que de fato se importa com Kate, ela se sensibilizará e abrirá mão de sua tentativa.
Life is Strange trata sobre assuntos tão sensíveis com extrema maestria e delicadeza, conta ao jogador de forma sutil e em pequenos detalhes o que se passa com cada um de seus personagens, e me arrisco em dizer que é por isso que conseguiu tamanha fama e repercussão.
Diferentemente disso, há também a série televisiva, 13 Reasons Why, que tornou-se uma “febre” quando fora lançada. A série é a adaptação do livro que leva o mesmo título, escrito por Jay Asher em 2007. A história fala sobre Hannah Backer, uma adolescente que comete suicídio. No entanto, antes de tal ato, Hannah grava sua voz em treze “lados” de fitas explicando todas as treze razões que a fizeram chegar a tal ponto.
Embora tenha achado a ideia interessante, não acho que o produto final tenha sido bom ou inspirador, ou sequer conseguiu me convencer de que Hannah Baker de fato era uma garota depressiva. Arrisco expor a minha ideia de que a série foi lançada para se aproveitar do público sensível ao tema, por se considerar algo “jovem” e/ou “da modernidade”.

“O mundo não se divide entre pessoas boas e más. Todos temos luz e trevas dentro de nós. O que importa é o lado o qual decidimos agir. Isso é o que realmente somos”, Sirius Black, A Ordem da Fênix.


Mas em 2016 conheci uma pessoa, a qual carinhosamente chamo de Kyo, e ele se tornou um grande amigo. Com todo o seu jeito peculiar e curioso de ser, começou a me perguntar sobre as minhas histórias, sobre o que eu escrevia, e incansavelmente conversava sobre isso comigo. Aquilo me fazia feliz, me distraía da tristeza profunda que sentia todos os dias ao longo de todos aqueles anos que estavam se passando, sem nenhuma perspectiva de conseguir sair daquilo. A tristeza que me fez parar a vida, parar de fazer tudo o que eu mais amei um dia. Falar sobre meus personagens e suas tramas me encantava, conversar sobre minhas ideias que sempre foram tão reais e palpáveis para mim me enchia de novo... E quanto mais Kyo perguntava, mais forças para voltar a escrever eu tinha. Não demorou muito, alguns dias depois de longas e intensas conversas com meu amigo eu abri meu livro engavetado no Word. Por todos os deuses, juro que aquilo estava horrível. Mas era meu, era o meu trabalho e, no fundo, tinha orgulho de ter sido eu a escrever tudo aquilo, anos antes.
Decidi que iria reescrever o meu livro, e mais, seria uma saga. Queria que fosse completo, complexo e único. Exigia isso de mim. Ainda que os anos passaram sem que eu escrevesse, continuava criando, mesmo que só na minha cabeça, as minhas histórias. Encaixava as idéias, amarrava pontas soltas e implementava ainda mais as histórias. Tudo se ampliava e o horizonte ia se expandindo. Podia sentir o brilho nos meus olhos outra vez.
Um livrinho daqueles me rendeu cinco novos livros sobre a mesma história, e mais um universo imenso que continua em constante expansão, sendo desenvolvido em novas histórias, contos e livros paralelos aos primeiros.

“Palavras são, na minha nada humilde opinião, nossa inesgotável fonte de magia. Capaz de causar grandes sofrimentos, e também de remediá-los”, Albus Dumbledore, As Relíquias da Morte.


É energizante escrever, e muito cansativo também. Mas dá uma satisfação imensamente grande quando alguém lê e fala sobre o quanto gostou daquilo ou sobre o quanto a sua escrita é gostosa de se ler. Me sinto uma pessoa mais viva quando isso acontece, e meu peito se enche de felicidade. Escrever meus livros e publicá-los é tudo o que eu mais quero na vida, de verdade. Eu realmente nasci para isso. Acho que é o que as pessoas chamam de dom, talento, vocação... Não consigo me ver fazendo qualquer outra coisa que não seja escrevendo minhas histórias e partilhando-as com o mundo.
Hoje em dia, tudo o que faço é pensando nos meus livros, nas minhas histórias. Pensando constantemente sobre todo aquele universo grande e mágico que, devo admitir, tenho um orgulho imenso de ter criado. Vivo em prol dos meus livros, acordo e respiro por eles, até mesmo entrei na faculdade porque pensei que isso seria bom para que eu conseguisse evoluir o meu português e as minhas idéias, para melhorar minha escrita e, consequentemente, todas as minhas criações. Minhas histórias são o que eu tenho de mais precioso na vida, e não tenho ideia do que faria se não fossem elas. Apesar de tudo, eu tenho orgulho de ser quem sou, com a minha própria história em meio a todos esses livros. Eles formam quem eu sou, e, como num ciclo sem fim, eu passo o que sou para dentro deles também. Quero fazer as pessoas felizes com o que eu escrevo, quero realizar seus sonhos, e inspirá-las a realizar os dela, tal como a JK.Rowling fez comigo. Quero poder saber que consegui salvar alguém, quero, acima de tudo, transformar o mundo para melhor, com a minha parcela de culpa, usando a única coisa que eu sei fazer bem, que é criar minhas histórias.

“Não tenha pena dos mortos, tenha pena dos vivos, e, acima de tudo, daqueles que vivem sem amor”, Albus Dumbledore, As Relíquias da Morte.

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