Por que você deveria assistir PENNY DREADFUL?

Vampiros? Lobisomens? Bruxas... Conhece o Dr. Frankentein e sua Criatura? Tenho certeza que em algum momento da sua vida você já ouviu falar deles. Van Helsing, Dorian Grey, Drácula, Dr. Jekyll e Mr. Hyde e até mesmo Jack, O Estripador... Misture tudo isso e acrescente ainda uma trama incrível e que pode te prender e viciar, junto com uma sensibilidade da produção em desenvolver seus personagens complexos, pelo menos a maior parte deles, de forma que faz com que você entenda cada pequena atitude que eles tomam ao longo de toda história, além da inegável imaginação para fazer com que todos os personagens se interliguem entre si, moldando toda uma história que sim, ela tem sentido e, melhor ainda, é muito boa!

O resultado dessa incrível mistura é Penny Dreadful, uma fantasia sombria dividida em apenas 27 episódios, dispostos em três temporadas.



Há uns anos atrás eu assisti Penny Dreadful pela primeira vez, cheguei a começar a escrever um post sobre ela no blog que eu tinha, mas acabei não terminando. Porém, tudo que é bom vale a pena ser assistido novamente e, claro, eu reassisti ela porque queria muito trazer um vídeo sobre ela aqui no canal.

A série durou de maio de 2014 até junho de 2016 e foi exibida pela Showtime. Ela teve premiações de melhor série de TV, melhor atriz e ator, melhor design de produção, melhores maquiagens e músicas, sem contar em várias indicações, também. O fato é que ela não só é uma série com uma história envolvente, como também é excessivamente bonita de se ver! Dá ao telespectador uma sensação incrível de imersão no tempo/espaço em que se passa (Inglaterra, Era Vitoriana).

 

A primeira temporada se inicia com o ar sombrio proposto pela série, utilizando-se de mistério, religião e possessões. É voltada essencialmente aos vampiros e à história do que houve com Mina Murray, filha de Sir Malcolm Murray, que está desaparecida há um ano e ele, junto da belíssima protagonista, Vanessa Ives, suspeitam de que a garota fora sequestrada pelas criaturas da noite. Com isso, ambos buscam por Ethan Chandler, um americano que está viajando o mundo com seu teatro de personagem pistoleiro, para usarem suas habilidades na busca por Mina. Eles ainda recrutam o Dr. Victor Frankenstein que, aparentemente, é o único médico que se habilita a estudar e examinar o corpo da estranha criatura que haviam conseguido pegar na caçada pela filha do Sr. Murray.

Com o desenrolar da primeira temporada, nós descobrimos as motivações dos demais personagens para essa caçada e também, claro, o que aconteceu com Mina. Assim como uma boa abertura para sua continuação no ano seguinte.

 

A segunda temporada tem como foco as bruxas, e mesmo que seja o tipo de representação que eu não gosto (as bruxas satânicas e blablabla), eu acho que eles passaram uma vibe muito interessante e contaram realmente uma boa história nessa segunda temporada. Começamos a ver ainda mais o desenvolvimento e o protagonismo da srta. Ives e vamos descobrindo mais sobre seu passado e os mistérios envolvendo todas as suas... capacidades.

Novos personagens são introduzidos à trama ou pegos da temporada anterior para dar continuidade às suas histórias e à trama principal, além de amarrar as pontas soltas. Alguns personagens inclusive que poderíamos não dar nada por eles, o que é bem legal.

As subtramas da história se ligam de forma clara com a trama principal, e quando vemos, praticamente todas elas são fortemente essenciais para a decorrência dos acontecimentos até o final da temporada. E isso, com certeza, não é algo tão fácil de se fazer, mas quando se consegue, é claro que fica bastante evidente a qualidade da obra e de seus realizadores!

Meu deus, eu estou me contendo muito para não dar spoiler algum aqui!

 

Pois bem, após todos os acontecimentos da segunda temporada e de tudo (ou quase tudo, claro) ser resolvido, vem então a terceira e última temporada. Se na primeira e na segunda o foco eram os vampiros e as bruxas, respectivamente, aqui o foco será o próprio Lucifer e o Drácula, pois ambos desejam arduamente fazer de nossa querida Vanessa Ives a mãe do mal e da escuridão.

Há um grande mistério a ser decifrado nessa temporada, e essa com certeza é uma das minhas partes preferidas. Nós vamos ver o desenrolar da história de todos os personagens, o passado de alguns que ainda não havia ficado totalmente claro, como o de Jhon Clare, o monstro de Frankenstein. Vamos também a participação especial do Dr. Jekill. E eu digo participação especial porque, se tem uma coisa que eu não gostei nessa temporada, é o fato de que eu acho que o personagem merecia mais tempo de tela, tanto como o próprio Dr. Jekill quanto como Mr. Hyde, e isso foi um pouco decepcionante para mim. Mas de qualquer forma, eu amo a forma como ele é inserido na trama, o que, é claro, não é nada diferente das gostosas interligações que o roteiro faz desde a primeira temporada.

Acho que fora isso, a única coisa que eu não gostei durante a temporada foi o arco do Ethan. Entendo que muito de seu arco foi necessário, mas ainda acho que a realização dele poderia ter sido melhor com uma execução diferente, mas isso talvez seja algo que dependa da visão de cada um.

 

Embora a série termine com um gostinho de “quero mais”, ela termina bem fechadinha, com o destino que essencialmente seria o melhor e único possível para muitos dos personagens, mesmo que às vezes não seja o que nós gostaríamos para eles realmente.

E embora a série tenha terminado sem brechas para uma quarta temporada, em 2020 saiu Penny Dreadful: Cidade dos Anjos, com 10 episódios. Infelizmente ela foi cancelada depois da primeira temporada, mas acho que com certeza vale a pena assistir ela também!


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